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Datas da Oktoberfest de Blumenau
A Oktoberfest de Blumenau está prevista para as seguintes datas:
- de quarta-feira, 9 a domingo, 27 de outubro de 2024
- de quarta-feira, 8 a domingo, 26 de outubro de 2025 (estimada)
- de quarta-feira, 7 a domingo, 25 de outubro de 2026 (estimada)
A data é móvel, é celebrada no mês de outubro, e é estabelecida em função de critérios variáveis e locais.
Oktoberfest
Uma das principais festas do sul do Brasil, a Oktoberfest acontece anualmente no mês de outubro, em Blumenau, interior de Santa Catarina1. “A festa do chope” comemora a imigração alemã na região e atrai, além da população local e de países vizinhos, turistas de todo país. Nesta festa profana, tradições germânicas, como a dança, a música, os trajes típicos e a gastronomia também são estão presentes. O festejo brasileiro, que nasceu da iniciativa popular, inspirada nas Oktoberfests da Alemanha, encontrou tanto sucesso que outras cidades reproduzem o mesmo modelo2.
A Oktoberfest de Blumenau teve início em 1984 e é considerada localmente como “o carnaval do sul”. Com elementos semelhantes a este evento, como carros alegóricos, desfiles, fantasias, festas de rua2, o festejo se estende por 15 dias.
Origem na Alemanha
A maior festa da cerveja do mundo acontece em Munique, na Bavária. Conta-se que a primeira Oktoberfest aconteceu em 17 de outubro de 1810, por conta do casamento do rei Luis I com a princesa Tereza da Saxônia. Toda a população de Munique foi convidada para o evento real. Na ocasião, foi organizada uma corrida de cavalos como forma de homenagear os noivos3. A festa teve tanto sucesso que nos anos seguintes foi reproduzida pela população, que se apropriou do evento4. Os festejos ganharam importância em 1840, quando o trem passou a transportar os visitantes até o local dos festejos. A cerveja, até então proibida, só passou a ser servida em 1918. A Oktoberfest alemã foi interrompida durante o período de guerras, mas voltou a acontecer a partir de 19455.
Origem da Oktoberfest de Blumenau
A realização de uma festa que homenageasse a cultura alemã da região foi durante muito tempo um sonho acalentado pelos descendentes germânicos instalados em Blumenau. A cidade em si reunia elementos propícios para tanto: uma arquitetura típica e a herança alemã6. Porém, as fortes enchentes que aconteceram em Blumenau no início dos anos 80 quase destruíram toda a cidade, e ameaçaram a organização do evento6. Mas, ao contrário do esperado, o desastre causado pelas águas tornou-se um motivo a mais para concretizar o evento. Era preciso arrecadar fundos com urgência para reconstruir a cidade, e a realização de uma festa mostrou-se como uma possível solução.
Fruto da união entre os setores público e privado, as grandes cervejarias do Brasil foram contatadas e aceitaram patrocinar a Oktoberfest6. Além disso, toda a população se mobilizou para que a festa acontecesse, seja na organização das fanfarras ou dos desfiles, seja na preparação do chucrute. Assim, foi construída uma carroça no estilo camponês, que transportaria o grande barril de chope a ser distribuído durante a festa. Além disso, foi criado o Vovô Chopão, personagem do cartunista local Luiz Cé, que passou a ser conhecido como símbolo da festa6.
No primeiro ano, em apenas 10 dias, 102 mil pessoas passaram pela Oktoberfest, consumindo mais de 100 mil litros de chope7. Na ocasião, esse número representava mais da metade da população de Blumenau8. No segundo ano, foi necessário realizar a festa em dois pavilhões, aumentando a capacidade alcançada no primeiro ano. Em 1985, mais de 360 mil pessoas passaram pela Oktoberfest, gerando um consumo de mais de 150 mil litros de chope9. A consolidação veio no terceiro ano, quando foi necessário construir mais um pavilhão, além de utilizar o ginásio de esportes da cidade pra abrigar os visitantes. Nessa edição de 1986, Blumenau recebeu mais de 800 mil visitantes em 17 dias de festa10. A edição de 1992, quando a Oktoberfest já tinha repercussão nacional, registrou o recorde de visitação, alcançando mais de um milhão de visitantes brasileiros, da Argentina, Uruguai e Chile11.
Referências
Consultar http://www.oktoberfestblumenau.com.br/oktoberfest/historia, visto em 23/03/2015.
DE MELLO PEIXOTO AMARAL, Rita de Cássia. Festa à Brasileira: Significados do festejar no país que “não é sério”. Tese de doutorado, USP. São Paulo, 1998. P. 12; 92.
Consultar http://www.dw.de/1810-primeira-oktoberfest/a-974576, visto em 24/03/2015.
DE MELLO PEIXOTO AMARAL, Rita de Cássia. Festa à Brasileira: Significados do festejar no país que “não é sério”. Tese de doutorado, USP. São Paulo, 1998. Pg. 93.
Consultar http://www.oktoberfestblumenau.com.br/oktoberfest/historia, visto em 24/03/2015.
DE MELLO PEIXOTO AMARAL, Rita de Cássia. Festa à Brasileira: Significados do festejar no país que “não é sério”. Tese de doutorado, USP. São Paulo, 1998. Pgs. 93; 93; 95; 97; 98.
Consultar http://www.oktoberfestblumenau.com.br/oktoberfest/edicoes-anteriores/1984-um-fenomeno-explicavel, visto em 24/03/2015.
Consultar http://www.oktoberfestblumenau.com.br/oktoberfest/historia, visto em 24/03/2015.
Consultar http://www.oktoberfestblumenau.com.br/oktoberfest/edicoes-anteriores/1985-a-confirmacao-do-sucesso, visto em 24/03/2015.
Consultar http://www.oktoberfestblumenau.com.br/oktoberfest/edicoes-anteriores/1986-a-festa-se-consagra, visto em 24/03/2015.
Consultar http://www.oktoberfestblumenau.com.br/oktoberfest/estatisticas-passadas, visto em 23/03/2015.